O milho se destaca como uma das principais culturas produtoras de grãos no Brasil, sendo superado em área e produção apenas pela soja. No estado de São Paulo, este cereal ocupa cerca de 872 mil hectares e produz 4,5 milhões de toneladas, representando 5% da área e da produção nacional, conforme dados da CONAB (média das safras 2016/17 à 2018/19). A produção paulista tem se mantido relativamente constante desde o início deste século, compensando a redução de aproximadamente 300 mil hectares com o aumento contínuo da produtividade. Como em São Paulo a agricultura é muito dinâmica e diversificada, os agricultores têm optado também por outras culturas de maior rentabilidade e/ou de menor risco, deixando de atender quase metade do consumo estadual de grãos de milho, que é abastecido por importações.
A cultura passou por grandes transformações desde a década de 1990, destacando-se o deslocamento temporal e espacial da área de cultivo. Até a década de 1980 só existia milho na safra de verão (primeira safra) e esse cereal era importante em praticamente todas as regiões paulistas. Desde a introdução do milho safrinha (segunda safra), no início dos anos 90, reduziu-se a sazonalidade da produção ao longo do ano e concentrou-se o seu cultivo em regiões de melhor aptidão. Atualmente, o milho verão predomina nas regiões acima de 600 m de altitude e o milho safrinha estende desde as regiões mais baixas e de solo argiloso até as de altitudes próximas de 600 m, ocupando cada uma das modalidades cerca de 364 mil e 508 mil hectares, respectivamente.